sábado, 29 de outubro de 2011

Gravidez na adolescência, o meu caso!

Olá lindas garotas, tudo bem com vcs??? Comigo tdo bem, tirando que hoje não pude fazer minha caminhada pois choveu (eu odeio ficar sem me exercitar, aff), mas tá tranquilo, amanhã eu compenso. Vim postar aqui hoje sobre como foi minha gravidez, onde eu engravidei aos 12 anos (isso mesmo, vcs não leram errado, 12 anos) e ganhei meu filho aos 13, com 6 meses de gestação. Vou contar que não foi fácil... Olha, minha mãe me rejeitou até ouvir o coração de meu pequeno baby batendo na sala do médico... A história começou mais ou menos assim (é longa, mas vale a pena, adoro compartilhar experiências)...

Era ano 2000, eu tinha 12 anos, mês de julho quando conheci meu "namorado". Era frio, minha mãe sempre sabia dos meus namoradinhos, nunca tinha nada sério, só ali no portão e nunca saia de perto de casa. Mas... Como andava muuuuito frio, minha mãe resolveu convidar ele pra entrar em casa, isso nunca tinha acontecido, EU NÃO QUERIA ter nada mais sério, mas aquele dia tava tão frio e minha mãe inventou tanta coisa (ai, venham aqui dentro jogar video game, eu faço um lanche, etc etc), eu REALMENTE NÃO QUERIA namorar e nem que ele entrasse na minha casa, mas diante de tanta encheção de saco e insistência eu aceitei... E aí cada dia ele foi se chegando mais e mais... Todos os dias ia e ficava por lá até tarde, e quando eu acordava ele já tava lá (que saco). Ele chegou a largar um estágio na CEF pra passar o dia inteiro na minha casa. Eu já tava enjoando dele, mas a minha mãe adorava tanto, nossa, tinha ele como um filho, ele deitava no colo dela, ela fazia comida pra ele, e chegou ao ponto dele dormir na cama de casal no meio entre eu e minha mãe, pra vcs verem! Um dia minha mãe o chamou pra dormir lá e aconteceu. Eu nem gostava dele, acho que só tava curiosa, sei lá. Foi sem proteção, depois veio a segunda e a terceira e lá na quarta vez eu fiquei grávida. Foi horrível. Eu falei pra ele que minha menstruação tava atrasada ele disse que se fosse gravidez a gente ia tirar logo. Ele se transformou em outra pessoa, ficou agressivo (violento, pra ser exata, ele me batia de verdade, mas esse assunto vai vir mais adiante em um outro post), mudou totalmente. Na véspera do natal de 2000, (acho que fiquei grávida em 20 de setembro num feriado que minha mãe saiu) ele e minha mãe estavam montando uma mesa pra comemoração da data e ele disse pra ela " Vera, e a menstruação da Thamires?" e ela disse "Ué, vcs que tem que saber", ela veio voando pro quarto onde eu tava e soltou " Thamires, tu tá grávida?" e eu "não sei". Nossa, naquele dia sim começou o inferno. Ela chorou tanto, contou pra todo bairro, chorava na rua, na casa dos outro, me chamava de falsa, que eu havia dado "bola nas costas" dela. Eu fiquei sem chão e sem mãe! Ela ficou de mal comigo, comprou um teste dos mais baratos "se não vier a menstruação em 5 dias tu tá grávida" que por sinal o tal teste me encheu o corpo de pêlos estranhos, até o dia que eu fui na primeiro consulta pra saber se era gravidez mesmo. O médico que era meu pediatra, botou a mão na minha barriga e disse "bah, dá até pra ouvir o coração, vcs querem?" Claro!!!! Ele colocou o aparelho e logo começou o tum tum tum acelerado do coraçãozinho do meu filho. Minha mãe começou a chorar como sempre e eu achei muito legal o coração batendo dentro de mim, mais ou menos 4 meses. Dois meses depois o Wellison nasceu. Eu queria colocar Bryan ou Rian, mas escolheram Wellison. No dia que eu ganhei meu bebe, eu tinha uma eco pra fazer pela manhã e uma consulta à tarde. Fiz a eco e o médico disse que era menino. Fui na consulta e o médico me mandou direto pro hospital fazer uns exames de sangue que eu não havia feito, só que a pressa dele não era pelos exames, e sim pq ele viu que o guri ia nascer naquele dia. Fui em casa primeiro. Tomei um banho e chamei minha mãe pra ir até o hospital. No ônibus começaram as contrações, e minha mãe ao invés de me levar pro setor de exames me levou pro centro obstétrico! Isso era 17 horas quando sai de casa, as 20:30 ele já tava chorando. Um chorinho sofrido. Um chorinho fraco. Um chorinho de um bebê de 1,360 kg. Ele tinha um rostinho redondinho, tão lindo, parecido comigo. Eu chorei, contei os dedinhos e já levaram pra U.T.I ped. Ele teve muito mal, chegou a 900 gramas, um dia eu cheguei pra vê-lo e ele tava tão mal, só uns "corinhos" enrugados em cima duns ossos, a cabeça raspada, tadinho, nem parecia um bebê, parecia um e.t, tadinho. Decidi que não ia mais ir visitá-lo. Disse á minha mãe que não queria me apegar, pois ele não iria sobreviver. Fiquei uma semana chorando e rezando em casa. Minha mãe e minha sogra ia todos os dias ver ele. Eu apenas perguntava. Fiquei chocada com a última visita. Meu sogro levava uns lencinhos da igreja Universal pra colocar perto da encubadora. Não lembro se o pai ia visitar, acho que não. uns 9 dias depois, vendo que ele resistiu aqueles dias (pode parecer que eu fui cruel, mas eu tinha MEDO mesmo, medo de perder ele), fui até o hospital, ele tava chorando, muito forte, uns gritos. A enfermeira veio e trocou ele, ele tava xixi. Peguei no colo aquela coisinha, abri meu avental e encostei no meu peito. Depois daquele dia minha fé se reforçou, e eu passei a ir todos os dias ao hospital. Até o dia da alta. 1,995 kg. Ele veio embora. Deu trabalho. Bronquite, pneumonia, asma, infecção urinária. Num dia tava bem, no outro internado no hospital. Eu passei a conhecer cada canto do Hospital de Clínicas em Porto Alegre, nossa segunda casa. Hoje ele tem 10 anos, tem muita saúde, graças a Deus, eu não moro mais lá, tive que fugir do meu ex (o pai dele), aguentei por 9 anos as agressões, até que um dia criei coragem e me mandei. Mas voltando ao Wellison, ele é inteligente, tão cabeça, meio adulto, mas palhaço, gosta de brincar de carrinho e tal. Eu vou ver ele de 15 em 15 dias. Ainda não tenho casa pra trazer ele pra morar comigo, mas acho que ele nem quer, ele é muuuuito apegado com minha ex sogra, ele dorme com ela, adora desde pequeno quando ele me pediu pra cuidar dele pra mim, pois ela já havia tido 2 filhos e sabia melhor do que eu cuidar dele.

É isso, eu sempre mantive a fé, hoje eu e minha mãe nos damos superbem, nos ligamos todos os dias e ela ama o menino!

4 comentários:

  1. Nossa menina!
    Que barra tudo isso que você passou!!
    Dessa situação toda, só duas certezas: de que você ganhou um enorme presente, o seu filho. E, de que você com certeza se transformou em uma mulher muito mais forte e pronta pra vencer os desafios da vida!

    Use essa força! Sempre!

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  2. nossa, menina que história, que bom que, apesar das brigas iniciais, sua mãe depois acabou aoclhendo bem a criança, é sempre assim, de inicio a pessoa se assusta, mas depois é felicidade... parabens por ser uma guerreira menina! Bjus!!!

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  3. oi tammy,
    obrigada por me add e ter passado pelo meu blog. Antes dessa historia de cirurgia bariatrica nunca tinha acompanhado tao de perto os blogs da vida...rs. Resolvi criar o meu para trocar experiencias e pq nao fazer amizades virtuais mas se forem verdadeiras nao importa a distancia, nao é mesmo????
    Li alguns poster e pude ver q tao novinha vc ja passou por tantas coisas, mas é assim mesmo nao adianta ficar se lamentando o tempo todo, a vida toda por causa disso e seguir em com esperanças de dias melhores e sempre tentando acertar e acredito q Deus sempre sabe o q faz embora agente nao entenda e as vezes ate reclame...Bom, eu ainda nao tive filhos e ainda nao kero ter, mas sei mas ou menos como é pois a minha irma mais velha teve filho nova e meus pais fikaram arrasados meu pai entao nem falava com a minha irma so passou a falar kando a minha sobrinha nasceu o ruim é q a raiva e decepçao se refletia nas pessoas ao redor (eu q o diga)...Mas é assim mesmo...é a vida!!!
    Bom espero que possamos continuar conversando e trocando ideias...beijus linda e boa semana!

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  4. Oi Tammyh,,obrigada pelo carinho lá no meu cantinho,adorei ter vc lá!!
    Menina que historia,passar por essa barra ainda criança nossa não consigo nem imaginar.
    Realmente uma verdadeira guerreira!!!
    Bjussss.....

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